sexta-feira, 19 de abril de 2013

Sobre o mundo...

"Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente
Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
Dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça antes de levar ao forno temperar
Com essência de espirito de porco
Duas xícaras de indiferença
e um tablete e meio de preguiça"

:D

http://cristgaming.com/pirate.swf

sábado, 13 de abril de 2013

http://www.kboing.com.br/urge-overkill/1-90615/

Enquanto pessoas perguntam por que, outras pessoas perguntam por que não?
Até porque não acredito no que é dito, no que é visto.
Acesso é poder e o poder é a informação. Qualquer palavra satisfaz. A garota, o rapaz e a paz quem traz, tanto faz. O valor é temporário, o amor imaginário e a festa é um perjúrio. Um minuto de silêncio é um minuto reservado de murmúrio, de anestesia. O sistema é nervoso e te acalma com a programação do dia, com a narrativa. A vida ingrata de quem acha que é notícia, de quem acha que é momento, na tua tela querem ensinar a fazer comida uma nação que não tem ovo na panela que não tem gesto, quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

até que o Guilherme (o outro) tava certo


Remember When...
The Parlotones

Remember when we were young, playing superheroes in our underpants
Then the oldest told us batman wasn't real
So we grew up rather young
We bled real blood just to act real tough
We realised pretty soon real life is really real

So we cry and crawl and we learn to walk
Pretty soon we all fall down
We laugh and we dance we all make love
And we break our hearts, we all fall down

They say, "That's life!"
We're born into this world with no book of rules
Welcome to the hard knock school
They say, "That's life!"

Remember when we were young, playing cops and robbers just for fun
Then our neighbourhoods filled up, filled up with real guns
So we learnt real quick that life is sick
when we couldn't fix the problem with a crucifix
It was times like these we wished batman was real

So we cry and crawl and we learn to walk
Pretty soon we all fall down
We laugh and we dance we all make love
And we break our hearts, we all fall down

They say, "That's life!"
We're born into this world with no book of rules
Welcome to the hard knock school
They say, "That's life!"

When days are dark and it all goes wrong
We'll just hum along to our favourite songs

They say, "That's life!"
We're born into this world with no book of rules
Welcome to the hard knock school
They say, "That's life!

We're older now but not braver,
Voting for supposed saviours
And it's times like these we wish batman was real

entrei em uma rua
caí no buraco
não foi culpa minha
custei a sair dali de dentro

entrei na mesma rua
caí no mesmo buraco
foi culpa minha
saí de lá mais rápido

entrei na mesma rua
não caí no buraco

entrei em uma rua diferente


Isabel Allende  (não encontrei no google isso. acho que foi minha mãe que inventou e pôs a autoria nessa mulher)

sábado, 6 de abril de 2013

  • 00:20:25 When you ask Mummy, she says,
  • 00:20:28 - "Stop asking why." - Stop asking why.
  • 00:20:31 - "It's complicated." - It's complicated.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Esse cara é foda.

E se ele, em pleno século XVII, se atreveu a escrever um poema usando tais palavras, eu legitimo meu direito de dizer que ele foi FODA.

Sal, cal, e alho
caiam no teu maldito caralho. Amém.
O fogo de Sodoma e de Gomorra
em cinza te reduzam essa porra. Amém
Tudo em fogo arda,
Tu, e teus filhos, e o Capitão da Guarda



Que falta nesta cidade?... Verdade.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.

O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.

Quem a pôs neste rocrócio?... Negócio.
Quem causa tal perdição?... Ambição.
E no meio desta loucura?... Usura.

Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que perdeu
Negócio, ambição, usura.

Quais são seus doces objetos?... Pretos.
Tem outros bens mais maciços?... Mestiços.
Quais destes lhe são mais gratos?... Mulatos.

Dou ao Demo os insensatos,
Dou ao Demo o povo asnal,
Que estima por cabedal,
Pretos, mestiços, mulatos.

Quem faz os círios mesquinhos?... Meirinhos.
Quem faz as farinhas tardas?... Guardas.
Quem as tem nos aposentos?... Sargentos.

Os círios lá vem aos centos,
E a terra fica esfaimando,
Porque os vão atravessando
Meirinhos, guardas, sargentos.

E que justiça a resguarda?... Bastarda.
É grátis distribuída?... Vendida.
Que tem, que a todos assusta?... Injusta.

Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça.
Que anda a Justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta.

Que vai pela clerezia?... Simonia.
E pelos membros da Igreja?... Inveja.
Cuidei que mais se lhe punha?... Unha

Sazonada caramunha,
Enfim, que na Santa Sé
O que mais se pratica é
Simonia, inveja e unha.

E nos frades há manqueiras?... Freiras.
Em que ocupam os serões?... Sermões.
Não se ocupam em disputas?... Putas.

Com palavras dissolutas
Me concluo na verdade,
Que as lidas todas de um frade
São freiras, sermões e putas.

O açúcar já acabou?... Baixou.
E o dinheiro se extinguiu?... Subiu.
Logo já convalesceu?... Morreu.

À Bahia aconteceu
O que a um doente acontece:
Cai na cama, e o mal cresce,
Baixou, subiu, morreu.

A Câmara não acode?... Não pode.
Pois não tem todo o poder?... Não quer.
É que o Governo a convence?... Não vence.

Quem haverá que tal pense,
Que uma câmara tão nobre,
Por ver-se mísera e pobre,
Não pode, não quer, não vence.

é condenável ser feliz?

as aulas de sociologia dizem que sim.

muitas das vezes pra ser feliz a gente tem que ser imune a tudo.
ou isso é apenas felicidade de mentirinha? existe felicidade de mentirinha?
acho que não. acho que toda felicidade é verdadeira.



"Notas de um observador:

Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
[...]
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
[...]
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.
A futilidade encarrega se de "mais tralos'.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
[...]
Arrancam as cabeças de suas fêmeas,
[...]
Esquecem-se de si.
Pontuam-se

A cria que se crie, a dona que se dane.
Os insetos interiores proliferam-se assim:
Na morte e na merda.
Seus sintomas?
Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor. 
Assim são os insetos interiores. "


e eu tenho 5 redações pra fazer