quinta-feira, 10 de junho de 2010

Parte 7

Depois de ele virar a esquina de um armário, eu arfei. Tonta. Como ele podia ser tão perfeito? Algumas garotas passaram perto de mim, aparentemente achando graça eu estar corada.

Encontrei Sophia rindo de mim a alguns passos. Mostrei a língua e ri também.



Eu estava preocupada Íris continuava a insistir que eu pensasse “na beleza das cores, e na alegria do mundo”. Ai meu saco!

A menina me irritava (não, não a Liz, com o passar do tempo aprendi a gostar da pirralha) com aquela alegria sem fim, sinceramente acho que ela pintou sua razão da “cor de rosa”.

Eu havia acabado de falar com ele, me recusava a chamá-lo de chefe, seus olhos frios penetravam minha alma e causavam-me calafrios, eu não vou pegar a garota, Íris sabe que não vou, eu não posso; ele não se convenceu, quando a revolta tomou conta de mim e comecei a gritar. Ele mandou que Íris me desse um de seus ‘remedinhos’, eh!, eu apaguei. Mas ainda assim não vou sequestrar a garota.



Me assustei com o sinal batendo, finalizando a aula de geografia. Graças a Deus!

Agora seria Artes, apoiei minha testa na janela. Olhei as telhas sujas de coco de pombo beirando aos meus sonhos.

E eu estava correndo. Já conhecia aquele bosque, mas sentia algo a mais. Sentia os olhos me seguindo. Caí em uma raiz, torcendo meu tornozelo. Enquanto gemia, eu o vi.

Acordei arfando, alguns garotos ao meu redor encarando-me.

Virei a cara ainda o sentindo parto de mim.

Uma coruja estava no galho mais próximo da janela, me observando com olhos incrivelmente pretos.

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