Ah... Vida reaal...


Agora, aqui entre nós de novo: lembra do seu último rapaz. Aquele cara que foi tudo antes do seu atual. O ex. Cava na sua cuca a lembrança de quando o ex não era ex. Quando o ex era o seu futuro. Naquela época, ele era para sempre?
Você estava certa disso, não tava? Posso perguntar?
Ah, meninas, meninas. O amor matou o amor!
Muito provavelmente esse cara que tá aí ao seu lado um dia será passado. Será ex. Quanta gente separando! E os divórcios estão mesmo vencendo no primeiro turno, batendo na casa do 60% na Europa. Mas…
Mas esse povo todo esquece de duas coisas lindas do sujeito exageradamente humano:
1) A primeira é que todo mundo no planeta tem a maravilhosa capacidade de se considerar uma exceção. Todo mundo acha que com a gente vai ser diferente. O amor vai durar!
2) E o segundo esquecimento é esquecer que a gente esquece! Sim, sim! O ato de borrar a mente, de passar um branquinho no coração, de restartar a alma! Sim, moças! Eu acredito em amores eternos porque, ora só, porque a gente é capaz de esquecer! E porque somos seis bilhões de exceções! Sim, sim! Claro! A gente toda hora se esquece dos nossos amores atuais.
Até que, numa manhã qualquer, o sujeito ali, acordando ao seu lado com o despertador no ouvido e o mau humor na garganta, poxa, nesse dia, esse sujeito ali, não sei por que, não sei como, nesse dia você olha pra ele e é capaz de dizer, num grito estarrecedoramente silencioso: “poxa, eu amo ela, eu amo ele”.
Isso se chama apaixonar-se novamente. Pela mesmíssima pessoa de todos os dias.
E é por isso, minhas garotas, porque você e eu somos capazes de nos apaixonar de novo e de novo e de novo pela mesma pessoa, que eu digo: esquecer é a grande salvação do amor.
